A ansiedade é, de fato, uma experiência que muitos de nós já vivenciamos em algum momento.
É normal sentir um certo grau de apreensão ou preocupação, por exemplo, antes de uma apresentação importante, durante situações estressantes ou ao enfrentar algo desconhecido.
Mas quando essa sensação fica muito intensa, continua por muito tempo e começa a atrapalhar o dia a dia, pode ser que esteja indicando um transtorno de ansiedade.
E é justamente nessa situação que surgem vários mitos, criando barreiras — aquelas invisíveis, mas bem reais — que impedem as pessoas de buscar ajuda.
Vamos tentar esclarecer alguns desses equívocos e mostrar uma visão mais confiável sobre o assunto.
Assim, talvez fique um pouco mais fácil entender o que realmente está acontecendo e dar o primeiro passo para cuidar de si mesmo.
Mito 1: Ansiedade é só “frescura” ou falta de força de vontade
Esse, provavelmente, é o mito mais doloroso e também o mais comum que a gente ouve por aí.
Ansiedade não é sinal de fraqueza, nem algo que você possa simplesmente desligar quando quiser, tipo um interruptor.
Na verdade, os transtornos de ansiedade são condições complexas, que têm bases biológicas, psicológicas e também sociais.
Acontecem por causa de mudanças na química do cérebro, reações físicas intensas e padrões de pensamento que ficam meio confusos.
A Verdade que Liberta: quando a ansiedade vira um transtorno, o sistema de alerta do corpo acaba funcionando errado.
Ele dispara o modo “luta ou fuga” mesmo quando não existe perigo real — e isso gera sintomas bastante fortes, como palpitações, falta de ar, tremores, suor excessivo, tensão muscular e aquela sensação chata de nervosismo constante.
Não dá para simplesmente ignorar ou tentar superar tudo só com força de vontade, seria como mandar uma pessoa com uma fratura exposta sair andando normalmente.
O que essa pessoa precisa mesmo é de tratamento e compreensão.

Mito 2: Se eu insistir bastante, a ansiedade vai passar sozinha
Uma ideia que muita gente tem é que, se só se empenhar mais, se distrair bastante ou se manter ocupado, a ansiedade vai sumir.
Embora essas estratégias possam ajudar, elas nem sempre são suficientes para quem sofre com transtorno de ansiedade.
Na prática, ansiedade não é algo que se vence só com esforço — até porque seria como tentar apagar um fogo com um copo d’água.
Para lidar com isso, o que se precisa mesmo são de ferramentas específicas e, geralmente, apoio profissional.
A terapia, por exemplo, oferece técnicas para controlar os pensamentos ansiosos, o corpo que reage demais e os comportamentos que mantêm o ciclo da ansiedade.
Além disso, se for necessário, o médico pode indicar remédios que ajudam a equilibrar química cerebral e tornam a mente mais receptiva ao tratamento.
Mito 3: Procurar ajuda profissional significa que estou “louco” ou “doente mental”
Por incrível que pareça, esse ainda é um medo muito comum — e um estigma que pesa bastante.
Muitas pessoas têm receio de serem julgadas ou rotuladas se decidirem consultar um psicólogo ou psiquiatra.
A ideia de que buscar ajuda significa estar “louco” não tem nada a ver com a realidade e só serve para afastar quem precisa de cuidado.
Buscar apoio é, na verdade, um sinal de coragem e de cuidado consigo mesmo.
Reconhecer que algo não vai bem e querer melhorar é um passo importante, e nada mais justo que receber o suporte necessário sem preconceitos.
Afinal, saúde mental é tão importante quanto a saúde do corpo — e merece atenção, tratamento e, principalmente, respeito.
A Verdade que Liberta: Buscar ajuda para a ansiedade é, antes de tudo, um gesto de coragem e cuidado consigo mesmo — algo tão natural quanto procurar um médico quando sentimos uma dor que insiste em não passar.
Os profissionais de saúde mental têm uma formação específica para identificar e tratar diversas condições, incluindo os transtornos de ansiedade.
Eles oferecem um ambiente seguro e reservado, onde é possível explorar seus sentimentos, compreender as raízes da ansiedade e aprender maneiras práticas de lidar com ela.
Não há motivo para sentir vergonha ao cuidar da sua saúde mental. Na verdade, esse é um passo que demonstra maturidade e responsabilidade para consigo próprio.
Mito 4: Se eu contar para alguém, vão me julgar ou não vão entender
É comum sentir aquele medo do julgamento, aquele receio quase paralisante de que as pessoas ao nosso redor possam minimizar o que estamos passando, dizendo coisas do tipo “relaxe” ou não compreendendo a intensidade dos nossos sentimentos.
A Verdade que Liberta: Ainda que nem todo mundo consiga captar exatamente o que você vive, certamente existem pessoas que se importam de verdade e desejam ajudar.
Abrir o coração para um amigo de confiança, parente ou parceiro pode ser um passo importante.
Além disso, há grupos e comunidades online dedicadas a quem enfrenta ansiedade, oferecendo um apoio que, às vezes, só quem está na mesma situação entende de verdade.
E não podemos esquecer do terapeuta, que está ali para escutar sem julgar e dar suporte especializado.
Mito 5: A ansiedade é algo que só acontece com outras pessoas, não comigo
É muito comum nos compararmos com os outros e pensar que a nossa experiência é diferente, que só nós passamos por isso.
Essa sensação de estar isolado pode aumentar a vergonha e tornar difícil pedir ajuda.
A Verdade que Liberta: A ansiedade é, de fato, uma das condições de saúde mental mais frequentes no mundo.
Milhões de pessoas enfrentam transtornos de ansiedade em algum momento da vida. Você não está sozinho, mesmo que às vezes pareça assim.
Procurar informação e apoio ajuda a perceber que muitos compartilham experiências parecidas — e o melhor: existem caminhos reais e eficazes para encontrar alívio e seguir em frente.
Mito 6: Se eu tomar remédio para ansiedade, vou ficar “drogado” ou dependente
Esse medo dos efeitos colaterais ou da dependência é compreensível, mas muitas vezes vem de um entendimento incompleto ou errado sobre a medicação.
A Verdade que Liberta: Medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos são recursos terapêuticos que, quando indicados e acompanhados por um médico, podem ajudar muito no controle da ansiedade.
Eles não são drogas recreativas — e a dependência, quando acontece, geralmente tem a ver com uso inadequado ou a interrupção repentina, sem orientação profissional.
O propósito desses remédios é reequilibrar os químicos do cérebro, diminuir os sintomas e permitir que o tratamento psicológico, por exemplo, funcione melhor.
Por isso, é super importante conversar abertamente com seu médico sobre qualquer dúvida ou receio que você tenha em relação ao remédio.
No fim das contas, esclarecer essas questões pode fazer toda a diferença na sua jornada.
Mito 7: Não há nada que eu possa fazer para melhorar
Esse é um dos equívocos mais desanimadores, porque passa uma sensação de impotência e até de desespero.
A ideia de que a ansiedade seria uma espécie de sentença sem solução acaba fazendo muita gente desistir antes mesmo de tentar encontrar algum caminho.
A Verdade que Liberta: a ansiedade pode sim ser tratada! Com um suporte adequado, estratégias que realmente funcionam e um pouco de autoconhecimento, dá para aprender a gerenciar a ansiedade e ter uma vida mais cheia e satisfatória.
A recuperação não é rápida, nem igual para todo mundo — cada pessoa tem seu tempo — mas a melhora é muito real.
Entre as várias ferramentas que podem ajudar, estão a terapia cognitivo-comportamental (TCC), a terapia de aceitação e compromisso (ACT), o mindfulness, a prática frequente de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e o cuidado com o sono.
Essas coisas fazem uma diferença, sabe?
Agora, O Mais Importante:
Quebrar esses mitos é fundamental para não ficarmos presos a esse ciclo de sofrimento, isolamento e aquele tal autoestigma que só atrapalha.
Muitas vezes, as pessoas acabam achando que não são fortes o suficiente ou que estão totalmente sozinhas — mas isso não é verdade.
A ansiedade é uma questão séria, sim, mas tratável, e pedir ajuda é um gesto de coragem, não de fraqueza.
Ao deixar para trás essas crenças falsas, abrimos espaço para a possibilidade de cura e até de crescimento pessoal.
Entender que a ansiedade é uma condição de saúde mental, tão legítima quanto outras, nos ajuda a lidar com ela com mais cuidado e respeito — tanto por nós mesmos quanto pelos outros.
Não Deixe esses Mitos te Impedirem de Viver de Maneira mais Leve e Feliz
Se você está enfrentando a ansiedade, saiba que não está sozinho nessa. Milhões de pessoas passam por isso e não é culpa sua.
A ansiedade tem causas complexas, e sim, existem opções de ajuda disponíveis. Terapia, medicação e outras ferramentas têm seu valor e podem fazer toda a diferença.
Desse modo, buscar ajuda, de fato, é o primeiro passo — um passo corajoso — para retomar o controle da sua vida.
Que tal começar hoje? Procure um profissional de saúde mental, converse com alguém de confiança ou simplesmente pesquise onde encontrar apoio. A verdade que liberta está mais perto do que você imagina.